- Cintia Aleixo
Bandagem na Neurologia

A bandagem elástica terapêutica é um grande recurso na prevenção e tratamento de diversos distúrbios do sistema locomotor. Pode ser usado em diversas áreas da reabilitação física, esportiva, dermatológica e na reabilitação neurológica que é o nosso foco nesse texto.
Na vertente pediátrica, a bandagem pode ser aplicada em tratamentos de paralisia cerebral, promovendo alívio de dores e facilitando os movimentos do corpo, além de também ajudar na diminuição da sialorreia (quando a criança baba muito).
Na neurologia adulta, as bandagens são muito utilizadas em casos de AVC (acidente vascular cerebral, diminuindo a contratura, hipertonia ou hipotonia).
O que é bandagem elástica e como é utilizada?
Trata-se de um tecido composto de algodão e elastano, que o torna fino e poroso, contém uma face com cola que é colocada em contato com a pele. Não é um medicamento, o efeito é desencadeado pela estimulação de pele, ativando mecanismos que podem reduzir a dor, organiza a postura, beneficia a percepção corporal e sensorial, entre outros.
A bandagem é aplicada sobre a pele, causando uma sensação de pressão, o efeito esperado é uma alteração da atividade muscular, que proporciona maior qualidade de movimento e favorece funções relacionadas com tais segmentos do corpo. São em geral, hipoalergênicas o que ajuda na prevenção d e irritações e alergias de pele. O tempo ideal de uso de cada aplicação é em média três dias e então deve ser trocada, mas podem ser mantidas até cinco dias, podendo ser usadas durante o banho, terapias ou práticas aquáticas.
Não devem ser usadas em áreas com pontos cirúrgicos, cicatrizes recentes, pele lesionada, escamações ou alergias. Deve ser aplicada por um profissional qualificado e com certificação, pois a efetividade da bandagem depende da forma que ela é utilizada.